sábado, 23 de fevereiro de 2008

Capinando a horta!

Hoje, quando cheguei à cozinha, por volta das 9h30 o Chef me chamou e disse: Lourdes, voce pode ir lá pra horta com a Marie Odile? Eu respondi: claro Chef, perfeitamente. Ele disse: é bom que voce vai refrescar a sua cabeça. Vá ao seu quarto e providencie uma jaqueta pra se proteger do frio. Corri e vesti minha jaqueta de couro. Perguntei: tá bom Chef? Ele disse: não Lourdes, essa jaqueta não esquenta, volta lá e veste uma jaqueta de lã. Corri e mais que depressa vesti o casaco que a tia Fátima me deu. Aí ele disse: agora sim, bom trabalho. Em uma hora e meia tinhamos que trabalhar bastante e voltar rápido para a cozinha, almoçar e preparar o menu dos fregueses. A horta estava precisando de cuidado, ficou abandonada durante esse inverno. Coitadinha. Vamos lá! Mãos à obra! Catinga pra nós é cheiro...
Essa é a minha chef, Marie Odile. Enquanto ela cuidava de lá, eu cuidava de cá. E tive que fazer um malabarismo para ela não perceber que eu fotografava tudo bem de pertinho...

A tarefa era fazer um transplante com o alho porró e preparar os canteiros para a nova plantação. Bom! Isso é mole pra quem já sabe "chupar halls". Eles acharam que íam me pegar, né? Enganaram! Hehehehehehehe!

Arrancar com cuidado e recuperar toda raiz.

Foi preciso salvar os poucos alhos porrós que ainda restavam na horta e recuperá-los.

Olha só como eles ficaram bonitinhos. Daqui há alguns dias vão pra cozinha...


Aqui vamos plantar, novamente, alho porró, couve, rúcula, salsinha, cebolinhas, alface, etc. Não basta só gostar de cozinha e saber cozinhar. É preciso saber preparar a terra, plantar, cuidar e colher as verduras que voce vai preparar para os seus comensais. Se ainda não fez isso, procure fazer ou venha pra França. Kakakakakaka!

Retirar todas as ervas e preparar a terra para plantar... Uma higiene mental! Adorei!

De repente aparece um passarinho, do peitinho todo vermelho. Enquanto eu capinava ele catava as minhocas. Marie Odile disse que ele é selvagem, mas bem que ele não tinha nada de selvagem. Ficou pertinho de mim o tempo todo. Olha ele aí no meio.

Vê se voce consegue perceber o companheiro passarinho bem no meio da foto. Me fez companhia enquanto estive por lá trabalhando, durante essa manhã. Foi ótimo!

Depois que desce a escada da garagem, do lado esquerdo lá no fundo do muro fica o monte de adubo orgânico para ser usado na horta. Todas as cascas de verduras e legumes são armazenados aí para transformar em adubo.

Aqui fica a coleção dos coadores de papel e o pó de café que já foi usado. Também vai ser transformado num ótimo adubo. Vê se voces aprendem aproveitar tudo com os franceses, tá?

Debaixo da escada, dentro do porão da garagem, ficam guardadas as caixas de batatas amendoim, de cebolas também e os cacarecos. Lá dentro tem de tudo, inclusive lenha pra colocar fogo na lareira do bar do hotel. As batatas e cebolas estão protegidas por causa do frio que castiga demais pela madrugada.

Já bateu o sino da igreja anunciando que são 11h, mas antes de ir embora tenho que registrar o mais interessante de tudo isso. Vejam só a Dengue francesa...

Pior é que se a Dengue chegar aqui é bem capaz que eles vão dizer que fomos nós que troxemos o mosquito dentro das nossas malas. Kakakakakakaka! O ambiente tá bem propício pra ele desenvolver e atacar.

Se a Secretaria de Saúde soubesse que isso é um prato cheio pra Dengue... Antes do verão chegar tudo isso tem que mudar!

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