terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Belle-Île-en-Mer

Levantamos bem cedinho e fomos fazer nosso plano de visitação da ilha. Não tivemos outra escolha, alugamos um "Twingo/Renault" e rodas na estrada. Tínhamos 105 km de extensão, 20 km de comprimento e 9 de largura para percorrer. E o objetivo era conhecer tudo, tudo mesmo. Pensamos, se alugássemos uma bicicleta gastaríamos mais de uma semana, inviável. Ainda mais que chovia e fazia muito frio. Nosso destino era a vila de "Locmaria".
Assim que saímos de "Le Palais", que é a vila maior da ilha e onde tem o maior porto também, avistamos algumas vaquinhas pastando numa manhã fria que fazia dó.

Chegamos em "La plage des Grands Sables", a praia da areia grande. Nessa praia é possível praticar esportes náuticos, julho e agosto de 13 às 19h: navegação à vela, prancha à vela, caiaque, etc. Ela tem uma extensão de 1,5 km.


Logo depois encontramos "Locmaria". Uma vila pequenininha, com supermercado, creperia e restaurante. Na praça da igreja um poço de água não potável. Igreja de estilo romano "Notre-Dame". Antigamente, os piratas holandeses retiravam a madeira ao redor do pátio da igreja para substituirem seus mastros quebrados.

Uma casinha, bem no centro da vila, que foi construída em 1850. Na época, devia ser a mais bonita do pedaço. Ainda continua bonitona a danadinha!

Aquele prédio branco, lá no fundo, é a Prefeitura da vila. Viu que chique?
Saimos da vila e chegamos em "La côte sauvage". A costa selvagem, com ventos violentos e fortes que formam estranhas e imensas grotas profundas. Uma água verde e azul ao mesmo tempo. Lindo!


De cima das pedras, uma vista maravilhosa mas que dava medo isso dava...

Achamos uma égua prenha pastando no pasto da ilha.

Tem praia? Tem sim, sinhô. Tem égua? Tem sim, sinhô. Tem cavalo? Tem sim, sinhô...

Uma paradinha para mexer com o cavalinho "bretão" e homenagear Luizinho e Eduardo.

Vê se não parece blocos de espuma com cara de algodão!

"Les aiguilles de Port Coton", as ondas batem nas pedras ponteagudas formando enormes flocos de espumas como se fossem algodão. Por isso é chama de As Agulhas do Porto Algodão.

Era preciso equilibrar e lutar contra o vento para não cair. Violência de vento!

As ondas entram arrebentando entre as pedras e formando essa espuma branca.

É marido, o jeito é continuar tentando, uma hora voce ganha e aí viemos tomar umas massagens e relaxar por essas bandas de cá. Hahahahahahaha!

Hotel Castel Clara, tudo de bom!

Dá ou não pra ficar de boca aberta? Lateral do Hotel SPA Castel Clara. Só para magnata mesmo...


"Le Grand Phare", o grande farol.

Farol de "La Pointe des Poulains".

Esta era a casa da familia de Sarah Bernhardt, a qual ele deu o nome de "La Villa Lysiane", que era o nome de sua filha mais nova.

De cima da casa de Sarah eu consegui fazer esta foto linda, apesar do vento e da chuva que acabou me molhando toda. Pena que não deu tempo de fotografar as casas, tive que sair correndo para alcançar o carro e achar o Lúcio.

Esta é "La Poite des Poulains", a ponta dominada por um pequeno faról com porte de 23 milhas. Foi propriedade de Sarah Bernhardt, em 1894. Uma francesa, atriz de teatro que construiu alí uma casa para sua família e outra para receber seus amigos, os célebres e sábios escritores e poetas da época. Aqui ela armazenava todas as lembranças e objetos valiosos que trazia das cinco partes do mundo onde fazia o maior sucesso com o teatro: Canadá, USA, América do Sul, Austrália e França. Hoje é um museu aberto ao público, menos no inverno. Que pena!

Bem pertinho dessa costa selvagem tem um hotel três estrelas que não funciona no inverno. Ventava muito e a foto não ficou muito boa, meu cachecol voou justo na hora que bati a foto, mas dá pra voces terem uma idéia...

Meu D'us! Que altura tremenda! Quanta maravilha num lugar só.

Aqui não dá para arriscar não, porque o vento leva mesmo. Se der bobeira, já era...

Ai, dá um frio no coração! Perigo, perigo mesmo, muito alto, mas muito lindo.

Não dá para descrever tamanha beleza. Sinta daí e junto comigo vamos agradecer ao Todo Poderoso que é o criador de tudo isso. Obrigada Senhor!

Esta é "L'Apothicairerie", um acesso à costa selvagem que hoje está interditada porque há o perigo de tombos mortais. Extremamente perigosa mas um panorama único com um vento violento. O maluco do Lúcio arriscou a vida indo até à ponta mais perigosa e eu quase morrendo com medo de ser levada pelo vento. Haja coração!

Chuva e frio não nos impediu de conhecer "La Citadelle Vauban". Uma fortaleza do século XVI, em formato de estrela. Construído sobre os vestígios de um castelo e reaberto depois de 1960 como um museu que retrata a história e as artes de "Belle Île". Tombado pela UNESCO como patrimônio mundial na ocasião do aniversário de 300 anos da morte de Vauban, um marechal responsável por tudo isto.

Logo na entrada à direita uma escada escura, à esquerda o caminho certo. Chão que não acabava mais.

Eu não podia desistir no meio do caminho. Faltava mais um pouco, só mais um pouco pra chegar lá.

Dá para imaginar a altura dessa parede? Olha lá em cima, um observatório? Talvez.

Olha isso, que coisa mais linda! Oba! Até que enfim achei uma porta, pena que estava fechada. O jeito é seguir em frente, sempre...

Sobe, vira, sobe, vira e olha que ainda estava longe de chegar...

E é claro que eu vou entrar alí pra ver onde vou chegar. Nessas alturas o Lúcio estava nem sei onde mais, precisávamos ganhar tempo e visitar cada cantinho o mais rápido possível sem que fôssemos impedidos de estar alí, sorrateiramente. Isso é mole pra dois brasileiros!

ÊPA! Dei de cara com um funcionário. O que fazer agora? Fiz tinindo pra ele, pedi para ele dar uma paradinha pra sair na minha foto, ele riu, ficou feliz por isso e me desconheceu. Eu mais que depressa fui entrando castelo à dentro. UHUH!

Viemos de lá. Sempre uma paradinha para olhar pra trás. Lindo demais!

Não dá para excluir nenhuma parede, nenhuma se quer... lá no fundo o mar.

Esta é a entrada para uma das galerias onde são feitas as exposições temporárias anuais, lógico que menos durante o inverno.



Tinha canhão pra todo lado.

Vindo por esta passagem eu cheguei no pátio interno do museu onde avistei aqueles lindos canhões, resolvi olhar pra trás. ...Foi de lá que eu vim, não podia esquecer a saída pois lá dentro é grande demais, parecia um caracól. Hehehehehehe!

Todo buraco e escada que eu encontrava tinha curiosidade de saber onde ia dar e o jeito era invadir mesmo.

Lá de cima da "Citadelle" eu ainda pude fotografar a última vista do porto. Como o museu não abre para visitações durante o inverno, conseguimos invadir as dependências por um descuido dos funcionários que faziam a manutenção. Mas, exatamente naquele momento eles começavam fechar as portas, e por pouco ficávamos presos lá dentro do pátio. O Lúcio lá de baixo me gritava: ô Lourdinha! Vamos embora rápido... Quase. Foi por muito pouco. Mais uma aventura.

Como já estava escurecendo e chovendo, não dava para fotografar mais nada apenas a faixada do albergue para voces conhecerem. Lá tem restaurante, lavanderia e o bar. Pena que não funciona no inverno, mas é uma gracinha. Esta foi a última foto do dia 11 de janeiro, sexta-feira.

2 comentários:

Lourdinha Inchelin disse...

Qualquer dia desses eu perco a paciência e não posto nem uma notícia mais. Minha galera cobra qdo demoro atualizar, mas nunca comenta nada. Que coisa, sô!
Bjs turma preguiçosa...
Amo voces assim mesmo,
Ti Nenem

Unknown disse...

Ei mãe!!!!
Esse lugar existe mesmo ou é UTOPIA???
Eu não vou comentar todoas as fotos, pq senão eu VOU QUERER PEGAR O VOO E IR MORAR NESSE LUGAR ONTEM... É LINDO DEMAIS, PARECE SONHO

CURTE ESSES LUGARES M-A-RA-V-I-L-H-O-S-O-S E LEMBRA SEMPRE DE MIM

J´TAIME