quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Sábado em "Belle-Île".

Levantamos bem cedinho, nem tomamos café. Rodas na estrada... Chegamos em "Sauzon", uma vila tranquila e de faixadas coloridas. Estava amanhecendo, mas já eram quase 9h da manhã. Esta foi a primeira foto do dia. Que lindo!
Encontramos várias vacas deitadas e tranquilas aguardando o calor do sol.

Olha lá! Que graçinha, uma vaca deitada. Coitadinha! Tá tão frio e ela deitada nesse chão...


A vaquinha resolveu levantar e fazer pose para sair na foto. Afinal, de pé fica ainda mais linda!



Não poderíamos deixar de aproveitar o sol e as poucas horas de aluguel do carro para voltar nesse lugar paradisíaco e registrar o que não foi possível no dia anterior, por causa da chuva e do vento forte. "La Pointe des Poulains" é um lugar para visitar com calma...

Agora posso entender porque Sarah depositou aqui uma fortuna!

Sarah devia ter preferência por esta praia, até me deu vontade de experimentar... Se não fosse o frio!

Estou entre o Farol e as casas de Sarah.

Daqui eu vejo a casa que Sarah construiu para receber seus amigos e fico imaginando quantas vezes eles não estiveram no mesmo lugar que hoje estou pisando...

Dá pra ficar um pouco impressionada com tanta maravilha...



Como não estava chovendo e o sol estava cooperando aproveitamos para registrar tim-tim por tim-tim. Uhuh!

Fica difícil expressar o sentimento...
O silêncio... o barulho do vento... o barulho das ondas!


A formação de uma camada de espumas em cima da areia.

Lindo! Lindo! Lindo!

O farol da Ponta dos Poetas.

Costa selvagem da Ponta dos Poetas.

Não resistimos e voltamos lá em "La Pointe des Poulains", aproveitei para documentar a "La Villa Lysiane" mais uma vez, lugar onde Sarah construiu a casa de sua família e dedicou à sua filha mais nova.

Antes de chegar em "Sauzon", que seria nossa última visitação, encontramos algumas ovelhas pastando.

Porto de "Sauzon".

Última foto de "Sauzon". A segunda maior vila da ilha, onde existe um porto de pesca desde 1878, com uma faixada colorida, ruelas estreitas e sua igreja restaurada recentemente. Lugar tranquilo e calmo que me trarão boas lembranças.

Resolvemos comemorar o fim nosso percurso em "La Maison de la Nature", a casa da natureza. Muralhas de 1802, construídas pelo Marechal Vauban que hoje é uma exposição permanente do patrimônio natural de "Belle-Île". Não havia lugar melhor, na nossa frente tinha um parquinho para crianças e de vez enquando chegava uma mãe para distrair ali seu filhinho e alegrar o nosso ambiente. Daqui para frente, nada de carro mais, vai ser no dedão mesmo. Acabou nossa mamata. Então vamos comemorar. Com direito ao brinde: "santé".

Que cenário! Lugar ideal para fazer um piquenique ouvindo o canto dos pássaros!

Depois de um lanche reforçado, nosso café da manhã e almoço ao mesmo tempo, bom mesmo foi andar um pouco e facilitar a digestão. Comemos como dois ursos. Hahahahaha!

"Porte Vauban", saída para contornar a ilha.

Esta é a rua principal de "Le Palais" a maior vila da ilha, onde chegamos e ficamos. Estamos saindo da muralha indo para o centro. Voces não imaginam que maravilha estas árvores secas iluminadas de luzinhas azuis à noite. Uma coisa maravilhosa, os cruzeirenses iam gostar demais.

Depois de andar um pouco, de volta do nosso piquenique, o jeito era ficar por aqui. Eu já não aguentava andar mais. O Lúcio com muito fôlego, ainda voltou lá na "Citadelle". Acho que vou me divertir bastante aqui...

Oba, ele chegou bem na hora que resolvi parar um pouco para descansar e esperar o Lúcio voltar. Legal!

Assentadinha, bem de frente eu registrava tudo igual uma criança que vai ao parque pela primeira vez. Hahahahaha!

Depois de bem encostado e ancorado abrem-se as portas.

E a porta desce, se acomodando lentamente na plataforma, saem os primeiros mais apressados.

E chegam mais carros, chega ambulância, saem passageiros e seus cães...

E entram volumes que serão transportados. O que será?

Eu queria esperar ele sair novamente e acompanhar sua passagem pelo porto. Corri para o farol.
Ancorar, deixar os passageiros, descansar e aguardar outros passageiros já é uma rotina que se repete por várias vezes no dia.

Eu queria chegar até o farol, mas tive que aguardar o casal de namorados enjoarem e sairem de lá para eu tomar aquele lugarzinho mais gostoso.

Já vem a fera, apitando e abrindo o caminho como se dissesse: dá licença porque eu vou passar...
O "ferryboat" partia mais uma vez levando algumas pessoas de volta para "Quiberon". Ao meu lado, aqui no farol, um casal assenava insistentemente para outro casal que partia. Aquilo me comoveu, foi durante alguns minutos e eles não paravam de assenar. Até que a mulher resolveu tirar o cachecol vermelho para melhorar o sinal. Até que eles sumiram e não dava mais para ver aquela imagem... Então eu disse para eles: -amigo é amigo, não é mesmo? E a mulher me respondeu: - são meus filhos. Naquela hora me deu um nó no coração... e aí não precisa nem falar, não é mesmo? Saudades... saudades... saudades... demais!

Final de tarde, eu assentada num farol e o Lúcio, lá do outro lado, fazendo suas fotos no outro farol. A tristeza invadia o meu coração sabendo que seriam as minhas últimas horas ali. O sol já havia se escondido e essa foi a última foto do dia.

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